Mensagens


Fé - a medida da graça

Lendo o livro do Êxodo, no capitulo 16, tive minha atenção direcionada para uma orientação divina dada ao povo de Israel. Cada manhã quando o orvalho evaporasse de sobre a terra, antes que o sol aquecesse, o povo deveria colher o maná, contudo, sempre observando uma medida determinada pelo próprio Deus. Um ômer para cada cabeça do que estivesse sob a tenda daquele que estava a colher o maná. O ômer é uma medida de capacidade para secos que gira entre dois e tres litros, e essa era a quantidade que cada pessoa em Israel teria direito diariamente, com excessão do sexto dia, em que a colheita seria em dobro por conta do sábado, dia em que ninguém faria nenhuma obra servil. O que mais me chama a atenção é que havia uma medida igual para todos, um ômer  por dia e nada mais. Se o maná representa Jesus o pão vivo que desceu do céu, o que representa o Jarro (õmer), para nós em tempos da graça? Entendo que há sim neste tempo um limite, uma medida, para tudo aquilo que colhemos e que compartilhamos, mas que medida seria essa? Observe o que diz a bíblia em Romanos 14:23 "Tudo que não é por fé é pecado"..... Aqui esta a medida com que devemos sair ao campo toda manhã para conquistar a provisão diária, para nós e para todos que estão sob nossa tenda (nosso campo de influencia). A fé, sem a qual, é impossível agradar a Deus. Toda a nossa ação deve estar dentro do campo da fé, sendo que o que passar dessa medida, não servirá para o cumprimento dos propósitos de Deus. vai cheirar mal e criar bichos como diz a bíblia. Infelizmente há no nosso meio muitos que estão armazenando suas conquistas, suas colheitas, não no ômer da fé, mas em muitos outros jarros. Exemplos? Há quem construa sua expectativa de ministério sobre um sentimento de inveja, ou raiva, ou ciúmes, outros há que tudo o que fazem, o seu trabalho, suas ações, seus projetos,  visam a exaltação do ego e quase nunca do Senhor Deus. Acontece também de vermos entre os nossos, pessoas que simplesmente se acostumaram aos paradigmas que aprendemos e nunca vivem nenhuma transformação pela renovação do entendimento, porque se recusam a aderir ao trabalho divino, sair ao campo toda manhã com a fé à disposição para encher as mãos com a medida certa. "O pão nosso de cada dia nos dá hoje" Mt 6:11.....Ok, ainda existe muita coisa a ser considerada aqui mas, .......um ômer por dia, é o que basta!!!!
 
 Pr Marcos Pires  Sorocaba São paulo.


Comunicando suas petições a Deus e confiando em suas promessas.
Introdução:
Texto base: Salmos 16.1-11
Davi,apascentava de ovelhas,guerreiro,levita(musico)e rei.Homem valente de muita fé,temente a Deus.
O Chamado de Davi:Quando Deus manda Samuel para escolher o seu ungido,Davi apascentava ovelhas.Quando Samuel chega perante a Jessé, pede que lhes traga os seu filhos.Os irmãos de Davi eram robustos,altos de grande estatura.Porem o escolhido fora Davi,um rapaz franzino pastor de ovelhas.
Ler  1samuel 16.7 _ Porem o senhor Disse a Samuel: Não atentes para sua aparência, e nem para a altura de sua estatura,por que o tenho rejeitado; por que o senhor não vê como vê o homem .pois o homem vê o que esta adiante dos olhos,porem o senhor olha para o coração.
Deus não escolhe os capacitados mas capacita os escolhidos.
No livro de salmos é comum notar mos Davi passando pro  três processos:  1_adversidade  2_clamando a Deus  3_ Agradecendo a Deus.
1         Davi na adversidade.
Salmos 3.1,2 
( 1_Salmo de Davi, quando fugiu de diante da face de Absalão, seu filho] SENHOR, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim.)
 (2_ Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus.)
A_       Na adversidade Davi demonstra uma grande virtude (confiança no senhor)
Salmos 3.5,6  / salmos 4.3,5   /salmos 37.5,7
Davi luta contra o filisteu ( gigante Golias)  1 samuel17.32-37,42 .
Salmos 40.4
2         Davi clamando a Deus.
Salmos 5.1,2,3   /  salmos 13 /  salmos 88.1
A _   virtude do crente( humilde se humilhar na presença de Deus)
Tiago 4.9,10   vejamos também Mateus 5.4
Davi quando cai em pecado e Deus envia o profeta Natã  a Davi ele ele ouve a repreensão do senhor e se ausenta em seus aposentos em jejum e oração por 7 dias.
Samuel 12.15-16
3         Petição a Deus (como pedir a Deus)
Pedis e não recebeis por não saberes pedir( Tiago 4.3)
Como pedir então? Tiago(1.6)
Lucas 11.9-13(pedi pedi da se vos a )
A  paciência durante o tempo de petição.  (filipenses 4.6)

A bíblia ensina a pedir com fé porem devemos nos atentar para um detalhe
(fé sem obras não tem proveito algum)  tiago2.14,17

4         Davi agradece a Deus pelas bênçãos e livramentos.
Salmos 21.1,2,3   e salmos 30.1,2

Deus deixa suas promessas para os justos.
 Promessa que Deus faz a Jacó e a Israel Isaias 45.1,2,3 .




Leandro Ribeiro dos Santos





            Tratando as Feridas  da Alma causadas por nossos pecados.


Texto principal: Gêneses  3.6-12,16 (a Queda do homem ,suas causas e conseqüências.)
Introdução:
Feridas  decorrentes  do pecado.tiramos algumas conclusões.
1 _Agente direto causador  de uma ferida (queda ,tombo).Motivados pela desobediência e cegueira espiritual perante os obstáculos a sua frente.
2 _Toda ferida nos traz (conseqüências).Dor, tristeza,medo,choro etc.
3 _Toda ferida precisa de tratamento (cuidado especial necessita de um remédio).
4 _Toda ferida nos deixa  uma marca ,um sinal afim de que lembremos o que motivou a ferida e tomarmos precauções para não se ferir novamente.
Os passos necessários para se chegar a cura.
1_é necessário atitude ( arrependimento procurar  o médico Jesus o médico dos médicos).
2_ouvir o que o médico tem a dizer (ouvir a voz de Deus o diagnostico espiritual da parte de Deus).
3_Ler  a receita e guarda La (palavra de Deus).
4_Tomar o remédio (orar, clamar, jejuar e vigiar ).
Desenvolvimento:
1   Gêneses  3.6-12,16 (queda do homem)
Deus criou o Homem, pos no jardim do éden e lhe ordenou que não comesse do fruto da arvore da vida. O homem cai.
Motivo da queda ( desobediência ).
Conseqüências da queda:
A _vergonha ( se escondem de Deus)versículos  8 a 10.
B _multiplicou a dor do parto sobre a mulher capitulo 3.16.
C _o primeiro homicídio (Caim mata Abel)capitulo 4.8.
D _Da descendência de Caim veio a maldade a iniqüidade entre os homens (Deus manda o dilúvio extermínio da raça humana)capitulo 6.
Deus então começa a tratar as feridas dos seus escolhidos  através da vida de Noé e sua família(começo do plano da redenção).
Deus toma Abraão  e lhes faz promessas sobre sua descendência, afim de cumprir  o plano da redenção( gêneses capitulo 12) . Porem o homem volta a errar ,Abraão tinha a promessa de que Deus lhe daria um filho.porem Abraão toma Agar sua serva,por sua mulher e da a esta (Ismael)conseqüência  do ato de Abraão (é obrigado a despedir se de seu filho Ismael).

2  Deus  tira o povo do Egito e leva ao deserto.
Objetivo: sarar as feridas adquiridas nos anos de escravidão no Egito.
*É importante notar mos que Deus permitiu  que Israel  fosse levado cativo por 3 vezes :
1  vez  período de fome que Jacó passou e foi ao Egito buscar  auxilio.
2  vez cativeiro da assíria.
3 vez  cativeiro babilônico.
Já na terceira vez  no cativeiro babilônico ,o livro de Jeremias  no capitulo 6.7,relata-nos a queda do povo de Deus por causa da iniqüidade que tomara o seu povo,e recomenda um concerto.
A Babilônia instrumento de julgamento  nas mãos de Deus :
No livro de Jeremias ate o capitulo 50 impera a vontade permissiva de Deus (ou seja Deus planejara o cativeiro de Israel,feriu a Israel com o cativeiro babilônico afim de que o povo se voltasse para ele).
(Jeremias 51.7) Prova de que Deus usa babilônia como instrumento de julgamento.
3  Outro exemplo de queda foi Davi
Em   II Samuel  11  Davi cai em pecado de adultério .
Principal conseqüência  da queda de Davi:
Deus feri a alma de Davi através da criança fruto do seu pecado.
II Samuel  12.10 assim diz: agora pois,não se apartara a espada jamais  da tua casa,porquanto  me desprezaste e tomaste a mulher de Urias o heteu para que te sejas  por mulher.
Quatro atitudes de Davi para alcançar a cura de sua alma(o perdão)
1 atitude de Davi ouviu a voz do senhor, através do profeta Natã .
2 atitude de Davi se arrependeu do seu ato pecaminoso.
3 atitude de Davi se humilhou na presença de Deus.
4 atitude de Davi clamou a Deus por perdão e misericórdia.
4 Deus ele feri mas também sara os seus:
Deuteronômio 32.39  diz assim : vede que eu,eu sou,e mais nenhum deus comigo:eu mato e faço viver,eu firo e eu saro e ninguém há que se escape da minha mão.
Ler  II crônicas 7.14 (se o povo se humilhar e me clamar  sarareis as suas feridas).

Conclusão:
I Pedro 2.24(Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.).
Isaias 53.5(Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.).
Pela queda do homem, da raça humana La no jardim do éden,Jesus  veio a esse mundo .carregou nossos pecados sobre si, fomos justificados e pelas suas feridas fomos sarados.

Leandro ribeiro dos Santos.

 

A ÁGUIA E A GALINHA

A ÁGUIA E A GALINHA

“Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” Is 40.31.
Gostaríamos de falar sobre a águia e a galinha. Essa mensagem é baseada sob o livro “Águia ou Galinha” de Leonardo Boff

I – Sobre a galinha
A galinha tem, segundo a ornitologia – ciência que estuda as aves, uma visão deficiente: seus olhos laterais não lhe permitem fixar ambos num mesmo alvo. Para pegar um grão ela inclina a cabeça porque o vê com apenas um dos olhos. Como galinhas, há cristãos que têm olhos laterais, que nunca olham simultaneamente na mesma direção - um olho está em Jesus e o outro no mundo. Um olho está no seu objetivo e o outro no objetivo do seu irmão. Um olho está na sua vida e o outro na vida do seu irmão.
Tais cristãos com visão de galinha são bem retratados pelo exemplo do filho pródigo (Lc 15.11-) Um olho estava no pai, o outro no mundo. Por isso o mundo o seduziu. Acabou por voltar cabisbaixo, maltrapilho, sem autoridade. Sua visão lateral tornou-o presa fácil do inimigo.
Deus não nos chamou para termos visão de galinha. A galinha só olha para os lados e para baixo! Nunca para o alto. Toda a sua expectativa está ligada ao chão. A galinha tem asas, mas não levanta vôo. Ela tem olhos, mão não visão definida. Tem bico, mas não ataca. Tem pés, porém não é ligeira. Tem garras, mas não se defende. O destino da galinha é ser caça. Seu mundo se resume num quintal. Quem, como uma galinha, tem olhar dispersivo ou vive olhando para o chão, jamais teve uma visão real de Jesus.
Estevão teve uma visão de Jesus, e seu rosto brilhou (Atos 6:15 e 7:55). Paulo, quando se deparou com Jesus, caiu prostrado ao chão (Atos 9:4). O apóstolo João ressalta: “quando o vi, caí a seus pés como morto...” (Ap 1:17). Jesus quer se revelar a nós para ampliar nossa visão para nos fazer ver além dos limites do “quintal” em que talvez você tenha vivido até agora. Deus nos habilitou a enxergar sem distração, sem dispersão. Deus não nos criou com olhos laterais. Não somos galinha; somos águia.

II – Sobre a Águia

1 – Todo ponto de vista é avista de um ponto

Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem e interpreta a partir de onde os pés pisam.
Para entender como alguém lê, é necessário saber como são os seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde o pé pisa. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.
Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita.

Com estes pressupostos vamos contar a história de uma águia, criada como galinha.
Essa história será contada e compreendida como uma metáfora da condição humana. Cada um ouvirá conforme forem seus ouvidos. Compreenderá e interpretará conforme for o chão que seus pés pisam.
Desejamos que a águia sepultada em você desperte e voe, ganhando altura e ampliando os horizontes da sua vida, da compreensão de você mesmo e do mundo.

2 – James Aggrey
Era uma vez um político, também educador popular, chamado James Aggrey. Ele era natural de Gana, pequeno país da África Ocidental. Até agora, talvez, um ilustre desconhecido. Mas, certa feita, contou uma história tão bonita que, com certeza, já circulou pelo mundo, tornando seu autor e sua narração inesquecíveis.

3 – Gana
Gana está situada no Golfo da Guiné, entre a Costa do Marfim e o Togo. Sua longa história vem do século IV.
Gana alcançou o apogeu entre 700 e 1200 de nossa era. Naquela época havia tanto ouro que até os cães de raça usavam coleiras e adornos com esse precioso metal.
No século XVI Gana foi feita colônia pelos portugueses. E por causa do ouro abundante chamaram-na de Costa do Ouro. Outros, como os traficantes de escravos, denominavam-na também de Costa da Mina.
No século XVIII, época do chamado ciclo da Costa da Mina, vieram dessa região, especialmente para a Bahia - Brasil, cerca de 350 mil escravos. Os escravos eram negociados pelos portugueses em troca de fumo de terceira. Refugado por Lisboa, esse fumo era muito apreciado na áfrica por causa de seu perfume.
A maioria dos escravos das plantações de cana-de-açúcar nos Estados Unidos veio também da região de Gana.
O pretexto de combater a exportação de escravos para as Américas, a Inglaterra se apoderou desta colônia portuguesa. De início, em 1874, ocupou a costa e, em seguida, em 1895, invadiu todo o território. Gana perdeu assim a liberdade, tornando-se apenas mais uma colônia inglesa.

4 – A libertação começa na consciência
Todavia, a população ganense sempre alimentou forte consciência de sua história e muito orgulho da nobreza de suas tradições religiosas e culturais. Em conseqüência, foi constante sua oposição a todo tipo de colonização. James Aggrey, considerado um dos precursores do nacionalismo africano e do moderno pan-africanismo, fortaleceu significativamente esse sentimento.
Ele teve grande relevância política como educador de seu povo. Para libertar o país – pensava ele à semelhança de Paulo Freire – “precisamos, antes de tudo, libertar a consciência do povo. Ela vem sendo escravizada por idéias e valores antipopulares, introjetados pelos colonizadores”.
Com efeito, os colonizadores, para ocultar a violência de sua conquista, impiedosamente desmoralizavam os colonizados. Afirmavam, por exemplo, que os habitantes da Costa do Ouro e toda a áfrica eram seres inferiores, incultos e bárbaros. Por isso mesmo deviam ser colonizados. De outra forma, jamais seriam civilizados e inseridos na dimensão do espírito universal.
Os ingleses reproduziam tais difamações em livros. Difundiam-nas nas escolas. E propalavam-nas em todos os atos oficiais.
O martelamento era tanto que muitos ganeses acabaram hospedando dentro de si essas idéias e preconceitos. Acreditavam que de fato nada valiam. Que eram realmente bárbaros, suas línguas, rudes, suas tradições, ridículas, sua história sem heróis autênticos, todos efetivamente ignorantes e bárbaros.
Pelo fato de serem diferentes dos brancos, e dos europeus, foram tratados com desigualdade, discriminados. A diferença de raça, de cultura não foi vista pelos colonizadores como riqueza humana. Grande equívoco: a diferença foi considerada como inferioridade!
Processo semelhante vem ocorrendo na mente de algumas pessoas, de algumas igrejas, de alguns crentes.
Infelizmente, satanás tem procurado colocar dentro da mente de alguns indivíduos que eles não valem nada, que não tem mais saída, não tem mais jeito. Que o melhor é deixar e ficar como está e assim está muito bom.

5 – A morte de James Aggrey
James Aggrey incentivava em seus compatriotas ganenses tais sentimentos de solidariedade essencial e crescimento. Infelizmente não pôde ver a libertação de seu povo. Morreu antes, em 1927. Mas semeou sonhos.
A libertação veio com Kwame N´Krumah, uma geração após. Esse aprendeu a lição libertária de Aggrey. Apesar da vigilância inglesa, conseguiu organizar em 1949 um partido de libertação, chamado de Partido de Convenção do Povo.
N´Krumah e seu partido pressionaram de tal maneira a administração colonial inglesa, que o Governo de Londres se viu obrigado, em 1952, a fazê-lo primeiro-ministro. Em seu discurso de posse surpreendeu a todos ao proclamar: “Sou cristão”.
Obteve a sua maior vitória no dia 6 de março de 1957 quando presidiu a proclamação da independência da Costa do Ouro. Agora o país voltou ao antigo nome: Gana. Foi a primeira colônia africana a conquistar a sua independência.

6 – Nós somos águias
Vamos, finalmente, contar a história narrada por James Aggrey.
O contexto é o seguinte: em meados de 1925, James havia participado de uma reunião de lideranças populares na qual se discutiam os caminhos da libertação do domínio colonial inglês. As opiniões se dividiam.
Alguns queriam o caminho armado. Outros, o caminho da organização política do povo. Outros se conformavam com a colonização à qual toda a áfrica estava submetida. E havia também aqueles que se deixavam seduzir pela retórica dos ingleses. Eram favoráveis à presença inglesa como forma de modernização e de inserção no grande mundo tido como civilizado e moderno.
James Aggrey, como fino educador, acompanhava atentamente cada intervenção. Num dado momento, porém, viu que líderes importantes apoiavam a causa inglesa. Faziam letra morta de toda a história passada e renunciavam aos sonhos de libertação. Ergueu então a mão e pediu a palavra. Com grande calma, própria de um sábio, e com certa solenidade, contou a seguinte história:
“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros”.
Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
– Já que de fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou: Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha! Não, tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe:
Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe! Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à carga: Eu lhe havia dito, ela virou galinha! Não, respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra as suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...”
E Aggrey terminou conclamando:
Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda achamos que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar. Somos águia e não galinha

CONCLUSÃO.
Ainda que satanás tenha tentado nos aprisionar e tentado nos transformar em galinhas temos em nós asas de águia, coração de água e espírito de água. Deus, nesta noite, pelo seu Espírito Santo nos leva as alturas e nos fará ver o sol "Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria." (Malaquias 4 : 2). Somos águia e não galinha. Deus nesta noite nos diz: “Voe águia!.”
 

 

 

VERDADEIROS (AS) ADORADORES (AS) EM MEIO A UMA GERAÇÃO CORROMPIDA

VERDADEIROS (AS) ADORADORES (AS)
EM MEIO A UMA GERAÇÃO CORROMPIDA
(Rf. 2Pe 1.4)

“... Não vos conformeis com este século (mundo), mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Paulo, apóstolo (In: Rm. 12:2)


PEQUENO COMENTÁRIO SOBRE O TEMA PRINCIPAL: O apóstolo Paulo roga a comunidade cristã em Roma – e por herança, todas as comunidades cristãs de todos os tempos, para refletir sobre o presente tempo (gr. aiwni - aioni).1 Recomenda aos cristãos e às cristãs para que não se conformem (tomem a forma de) com as coisas do presente século/ mundo, mas que sejam transformados (gr. metamorfousqe = metamorfousthe) pela renovação da vossa mente, ou seja, o vosso modo de pensar. Precisamos da metamorfose mental para compreendermos o impacto do mundo espiritual no nosso dia-a-dia. Não somente a mente (o modo de pensar), mas também o nosso espírito (o modo de sentir) e o nosso corpo (o modo de agir) serão alvos de transformação contínua, podendo assim oferecer a totalidade de nosso ser como sacríficio – em ações de graças – vivo, santo, agradável e irreprensível a Deus (1 Ts. 5.23).

Esboço de Assuntos deste Seminário Temático:
1. Os Elementos da Verdadeira Adoração
1.1 Verdadeira adoração
1.2 A verdadeira divindade
1.3 O verdadeiro culto
1.4 A verdadeiro espaço da adoração e da palavra

2. A verdadeira adoração requer novo nascimento
2.1 Adoradores (as) buscam a santidade
2.2 Adoradores (as) buscam imitar Cristo
2.3 Adoradores (as) assumem a vocação

Conclusão
1. Os Elementos da Verdadeira Adoração: Mais do que nunca, os conselhos de Paulo vêm nos ajudar a repensar a maneira de prestarmos uma adoração verdadeira, um culto coerente e racional,2 uma liturgia inclusiva, gestos corporais vivos, santos e agradáveis a Deus num presente tempo de confusão, compulsão e convulsão espiritual. Portanto, para realizarmos um culto coerente se faz necessário relacionar a verdadeira adoração com a verdadeira divindade, com o verdadeiro culto e com o verdadeiro espaço sagrado. Se houver, contradição entre estes quatro elementos (adoração, divindade, culto e espaço sagrado), a verdadeira prática adoradora não acontecerá.
1.1 Verdadeira adoração: Poderíamos achar muita arrogância supor que qualquer pessoa possa nos ensinar como devemos adorar (gr. proskunew - proskyneõ = inclinar, reverenciar, se curvar, beijar os pés Cf. Sl. 132.7). Contudo, do livro de Gênesis (4.26; 22.5) ao livro de Apocalipse (19.4) encontramos vestígios da verdadeira e da falsa adoração a Deus. O próprio Deus, segundo a fé cristã, regulamenta a quem se deve adorar e porque se deve adorar (Gn. 20.5; 23.24; Sl. 95.6; Is. 43.21). Há uma convulsão espiritual quase que histérica para definir quem sabe adorar melhor ou adorar mais. Quais igrejas têm verdadeiros ministérios de louvor ou quais igrejas só comportam uma pequena equipe de louvor que, muitas vezes são simples canais de divulgação dos “grandes ministérios e bandas de louvor”. A verdadeira adoração não tem nada a ver com a ostentação, teatralização, consumismo desvairado, glamour ou com a fama. A verdadeira adoração não é algo que nasce no exterior e que é implantada numa noite de louvor ou numa campanha de avivamento. Nasce de dentro para fora! Surge, segundo o salmista, de um coração contrito e a partir de um espírito quebrantado, de um sentir racional (Sl. 24.4; 34.18; 47.7; 51.10; 111.1; 139.1 ss) e de um avivamento contínuo em qualquer circunstância (2Sm. 12. 15-25; Hc. 3.2, 16-19).

Jesus, quando tentado no deserto (Mt. 4.1-11), recusa várias propostas feitas pelo diabo, inclusive de prestar falsa adoração a uma falsa divindade, em um falso culto. Aqui temos uma inquietação! Não basta adorar a divindade verdadeira, mas adorá-la com verdadeira adoração num culto legítimo (gr. Latreia – latréia – cf. Hb. 9.1).

1.2 A verdadeira divindade: A verdadeira divindade é aquela que é divina em si mesma. Na fé judaico-cristã-islâmica,3 só existe um Deus, que não pode ser adorado e nem ser representado por imagens, estátuas ou figuras (abstratas ou concretas) produzidas por mente ou mãos humanas (Ex. 20.4; Dt. 6.4; Sl. 115; Rm. 1.18 ss; Ap. 13; Surata 31.13; 33.33).
Não terás outros deuses diante de mim [...] Não farás para ti imagem de escultura. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás... (Ex. 20.3-5)

Ó filho meu, não atribuas parceiros a Deus, porque a idolatria é grave iniqüidade [...] E permanecei tranqüilas em vossos lares, e não façais exibições, como as da época da idolatria; observai a oração, pagai o zakat , obedecei a Deus e ao seu Mensageiro, porque Deus só deseja afastar de vós a abominação, ó membros da Casa, bem como purificar-vos integralmente. (Surata 31.13; 33.33)


No livro de Deuteronômio (6.4) observamos o Shemá Yisrael que atesta que ADONAI é o Único Deus.4 Yahwéh [heb. יְהוָה] é na tradição hebraica o EU SOU o que EU SOU (Eu serei o que serei),5 o Deus que existe em si, por e para si mesmo antes que houvesse os céus e a Terra (a criação, os anjos e os humanos – Is. 43.13; 45.5 ss). A falsa divindade é aquela que é concebida por humanos e é potencializada e divinizada, tomando o lugar e a primazia de Deus (fama, glória, riquezas, dinheiro/ “mamon”, poder, mercado, amigos, sexo etc).
A falsa divindade nunca é em si e para si mesma. A divindade falsa sempre tem um objetivo que vem antes e depois dela. Portanto, a verdadeira divindade é aquela que não necessita de explicações ou aceitação por consenso ou por maioria de adeptos.
Nada tem o poder de proteger, justificar ou defender a divindade de Yahwéh, pois tudo e todos têm uma imagem de Deus que deve ser questionada diuturna e continuamente. Qualquer divindade que fala por si mesma, mas seu principio e finalidade é questionável, pois procura uma glória que não é sua (Jo. 7.18; Is. 42.8). Portanto é uma falsa divindade. O único ser que pode interpretar e revelar a verdadeira divindade foi e é a pessoa de Jesus Cristo (Mt. 4.10; Jo. 7.16-18; 2Co 3.18; 4.4; Cl. 1.15; ref. ao Espírito Santo 1Co 2.10 que interpreta as profundezas de Deus).

1.3 O verdadeiro culto: O verdadeiro culto ou liturgia (leitourgias = leitourgias) deve ser coerente às propostas que os próprios celebrantes se prestam a fazê-lo. Prestar culto a Deus em liturgia não significa engessar a celebração e sim dar à celebração uma dinâmica onde o povo sirva a Deus e se sirva em [e na] comunidade.
Muitos cultos têm fugido plenamente de seus propósitos. A Ceia [a], o batismo [b], ordenação de ministros [c], apresentação de crianças e cerimônias matrimoniais [d] ou fúnebres [e], que no culto cristão são cerimônias que visam ADORAR e GLORIFICAR a Deus pela comunhão [a], pela salvação [b], pela vocação recebida [c], pela renovação da comunidade [d] e pela esperança da ressurreição [e], não têm mais sentido, visto que só se tornaram um ajuntamento de pessoas, cada qual com objetivos diferentes. São cultos de adoração vazios e não são conseqüentemente didáticos. O culto se torna falso quando serve a propósitos escusos e arbitrários para promover qualquer outra coisa do que a adoração a Deus e a comunhão da comunidade cristã. Vários cultos cristãos hoje são direcionados a promover:
a) a política do Estado (Dn. 3; Ap. 13);
b) a adoração a seres celestiais como anjos (Cl. 2.18);
c) a adoração e a bajulação de homens (Rm 1.18ss; 1Ts 2.5-8);
d) a adoração a coisas abstratas (Mt. 6.24; 1 Tm. 6.10, por exemplo, o amor ao dinheiro) e;
e) a adoração do “mercado” de consumismo espiritual compulsivo e desenfreado (Is. 29.13; Ap. 17-18).
A liturgia verdadeira é aquela que é inclusiva, onde pessoas (meninas e meninos, moças e rapazes, mulheres e homens, idosas e idosos, com ou sem deficiência), dons, carismas e ministérios têm seu espaço garantido! Hinos clássicos e novos cânticos não podem viver numa tensão e concorrência constante.
Infelizmente, alguns “levitas”, agora ressuscitados do sacerdócio da Antiga Aliança (Lv. 10.1 ss), tumultuam o culto com cânticos e mantras intermináveis (Hb. 7.11), “os apóstolos” que ressurgiram com a polpa dos sacerdotes israelitas aaraônicos (e às vezes faraônicos) imitam símbolos e uma mística copiada de um tempo imemorial (Is. 29.13; Jr. 2.8) que nem os próprios judeus hodiernos praticam e “os profetas” da última hora que antecipam as palavras que Deus “ainda” não mandou falar (Is. 30.10; Jr. 5.13, 31; 6.13; 23.16; Ez. 13.1-23) devem saber, pelo mesmo é coerente pensar assim, que o culto verdadeiro deve ter a participação do povo simples e até dos iletrados na letra, mas que não são iletrados nas coisas do espírito. Se há verdade no louvor, tudo é feito para glória de Deus! O verdadeiro culto preza pela participação de todos os membros da comunidade, desde a tenra infância até a idade avançada (Harpa Cristã, Hino 124 § 6 e “7”).

1.4 O verdadeiro espaço da adoração e da palavra: Múltiplas espiritualidades estão sendo vivenciadas no mesmo espaço. A pluralidade de temporalidades está na realidade do tempo presente (saudades, expectativas, atos proféticos etc).

Todos/ as podem participar do culto com cânticos, orações, salmos, danças, testemunho e saudação (1 Co. 12.1; 14.1 ss; Ef. 4.12 ss; 5.19; Cl. 3.16). Porém, não podemos deixar de convidar a divindade verdadeira para participar deste culto verdadeiro (Ap. 3.20; Hb. 4.7), pois a Palavra de Deus – representante inspirada e legitimada pelo Espírito da Verdade, deve ter seu TEMPO e ESPAÇO garantidos na liturgia. O espaço da Palavra não pode ser fracionado a poucos minutos. O mesmo tempo e espaço que temos para cânticos, testemunhos e devocionais, deve ser ofertado para Deus e sua Palavra.
Para que haja coerência em um culto racional que preza pela ordem e decência (1 Co. 14.40) devemos tirar toda a confusão espiritual do mesmo. “Se eu canto, se tu cantas, se ele canta, se nós cantamos, quando todos cantam, quando Deus poderá falar conosco através da sua Palavra? (Sl. 119.9; Rm. 10.17).
Devemos levar em conta também que desde a antiguidade a humanidade procura um lugar sagrado para adorar, seja em altares feitos de materiais diversos, tabernáculos, templos, sinagogas e casas. Jesus, num certo momento de seu ministério, se encontra discutindo a teologia da adoração com a mulher samaritana (Jo. 4.19 ss). Aquela mulher de Samaria, assim como os judeus de Jerusalém, acreditavam piamente que o lugar certo de adorar era só em suas respectivas cidades. Jesus resolve esse problema “teofânico-eclesiológico” mudando a tônica do discurso, para uma realidade “epifânico-escatológica” (Jo. 4.23) e “pneumatológica” (Jo. 4.23,24). Hoje, não existe melhor Templo e melhor lugar sagrado para a adoração do que o NOSSO CORPO e, de forma mais ampla, na UNIDADE do CORPO de CRISTO (Rm 8.9; 1Co 3.16,17; 6.19; 2Co 6.16; Ef 2.21; Tg 4.5; Ap. 21.3).
***
2. A verdadeira adoração requer novo nascimento: Seguindo as orientações de Paulo podemos aplicar para a espiritualidade cristã uma total mudança de pensamento. Ser adorador implica indiscutivelmente, no novo nascimento, na imitação de Cristo e na aceitação da vocação de Deus em nossa vida. Essas três categorias nos conduz à mudança do modo de pensar nesse presente tempo, para que assim possamos experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

2.1 Adoradores (as) buscam a santidade: A vontade de Deus é que busquemos a santidade (1Ts 4.3; 2 Co. 7.1). O escritor aos Hebreus diz que sem a correção dos erros (Hb. 12.10), sem a comunhão (paz com todos) e sem a santificação, ninguém poderá ver a Deus (Hb. 12.14). Pedro também relaciona a busca da santidade com a mudança de atitude e com a imitação de Deus (1 Pe. 1.14, 15; cf. tb. Rm. 8.29; Cl. 3.10).
Ser convidado a imitar o próprio Deus (Ef. 5.1) é uma honra, aliás, é um convite para participarmos da sua glória, da sua virtude e da sua natureza divina e, através dos méritos de Cristo, nos livrarmos da “corrupção das paixões que há no mundo” (2 Pe. 1.3-11; 1 Ts. 1.6; Cl. 2.14; Hb. 6.12).
A Santidade Adoradora não se mede pela quantidade de sacrificios, jejuns e orações, mas pela qualidade das nossas atitudes, sejam elas fisicas, mentais, sentimentais e/ ou espirituais. O poder dos adoradores está na virtude do Espírito Santo. A virtude do Espírito Santo nos concede o carater de Cristo, o amor do Pai e o fruto do próprio Espírito de Deus (Gl. 5.22 ss; Ef. 2.4 ss; 2 Pe. 1.3 ss).

2.2 Adoradores (as) buscam imitar Cristo: Buscar a santidade é prontamente aceitar a imagem do Deus invisivel revelada em Jesus de Nazaré (2 Co. 4.4; Cl. 1.15; 3.10; Rm. 8.29). Para que sejamos verdadeiros adoradores/ as necessitamos exalar e sermos o bom perfume de Cristo (2 Co. 2.15), imitar o carater de Cristo, aprender dele e seguí-lo (Mt. 11.28; Mt. 16.24). A dificuldade reside quando não imitamos a Deus nas coisas que Ele nos proporciona a imitá-lo. Preferimos imitar estilos, modismos, personalidades, “ídolos”, ritmos e práticas momentâneas e descartáveis do que imitar a Deus, o Eterno. Infelizmente, essa prática mimética não corresponde à uma atitude adoradora!

2.3 Adoradores (as) assumem a vocação: Assumir uma vocação é atender uma voz que chama para uma ação (latim: vocare). Na etimologia da palavra Igreja (gr. Ekklesia) encontramos a junção de dois termos ligados ao termo vocação. Do verbo grego (kalew) “Kaleo” (chamar) surge o termo (klesis) “Klésis” (chamado/ vocacionado/ convocado) somado à preposição “ek” (do, para fora). Paulo salienta que temos uma vocação pela qual fomos chamados (gr: Eklethete; cf. Ef. 4.1).6 Fomos chamados para fora de uma geração corrupta (Fp. 2.15) para sermos filhos da obediência como uma geração eleita (1Pe. 2.9) na congregação de vocacionados (1Co 1.26).
Reconhecer os dons e ministérios de Deus em nós é, sem dúvida, assumir a nossa vocação.
“Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância, pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.” Pedro, apóstolo (In: 1 Pe. 1.14)

Conclusão:


O mundo criado é uma maravilha e cosmeticamente belo. A palavra MUNDO (gr. Kosmos, transl. Kosmos) é o termo que define o habitat dos seres animados (biologicamente) e de objetos não-animados (geologia). O mundo pode significa a raça humana, as pessoas que habitam o planeta Terra. Aliás, a palavra mundo significa o próprio planeta Terra, ou Globo terrestre (Global). É no mundo, no bom sentido da palavra, que nascemos, vivemos, crescemos – passamos pela adolescencia, juventude, fase adulta e morremos... conhecemos Deus, nossa família, amigos, pessoas que nos dizem ser inimigas etc. Este é o mundo que Deus amou de tal maneira... “não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo” (Jo. 3).
A palavra mundo também pode ser utilizado como substantivo ou adjetivo: o mundo dos esportes, o mundo da moda, o mundo dos negócios, o mundo das religiões etc. Na filosofia platônica, existe o Mundo das idéias (reminiscências) e o Mundo Real. Na Teologia Judaico-Cristã o mundo pode ter TRÊS definições básicas: a) o mundo caótico; b) o mundo cosmético; c) o mundo pós-morte. Geralmente, no cristianismo, o mundo é citado junto com outros substantivos como, por exemplo, o mundo e o diabo, o mundo e a carne, o mundo e o pecado, o mundo e o inferno, o mundo e a morte. O mundo, no sentido ruim do termo, representa TUDO que nós afasta da comunhão com Deus. Se torna caótico, pois não existe uma ordem que visa glorificar e adorar a Deus.
A atual geração acumula indiscriminadamente os pecados pessoais e estruturais de todos os tempos e lugares. É a globalização, melhor ainda, a mundanização das práticas que afastam cada vez mais a humanidade da verdadeira adoração e consequentemente da verdadeira Divindade. Se há algo que Deus ainda procura são adoradores (as). “Eia! Vejamos os que os filhos dos homens estão fazendo!” ou “Adam, onde você está?” continuam sendo expressões atualíssimas para refletirmos onde, como e de que maneira adoramos. Sejamos uma geração eleita no meio de uma geração corrupta, corrompida e corrompidora.
Kurie Elehson! Criste Elehson!
[Senhor, Cristo tende misericórdia de nós]


Texto de Marcos José Martins - Evangelista
(Professor, Teólogo, Musicista, Escritor e Conferencista)